domingo, fevereiro 20, 2005

49. Poesia de ontem e de hoje.


Almada Negreiros

A corrente inquebrável que nos une
Torna o meu sorriso mais brando
E o meu olhar mais sereno...
Enquanto no aconchego das paredes,
A que chamo minhas,
Vou apelando a uma doce reforma...
Dos hábitos... dos desejos... da ventura!
Há dias... e à insensibilidade da maledicência imune,
Recuperei das horas mortas
O sonho ido!
Por momentos... a infância retornou,
Volveu o agridoce sabor da aventura,
E através de ti, recuperei a esperança!
Nada se perde, tudo se transforma!
Das cinzas do lume extinto,
Renasce a emoção que outrora me abandonou.
Falo-te de verdades de outros tempos,
Sentimentos errantes, que há muito não sinto,
Mas que sei tão reais como este momento!
Não será somente desejo...
Muito menos paixão...
É, afinal... o amor à vida, que retorna!

(escrito a 14 de Junho de 2004)

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