122. Sentido sem ti
Por causa de ti
Não fiquei nem parti
E deixei-me ficar no limbo,
A ver passar os dias contados em anos,
A esquecer o negrume,
A rejuvenescer os sonhos,
A confiar na voz desconhecida,
Ou na maré não abraçada
Na certeza que a memória
Ou, tão só, o coração te traria de volta…
Por causa de ti
Não se esvanece o sorriso,
Nem a doçura do toque,
Ou o ritmo cardíaco que me move
E me garante que amanhã…
Estarás ainda aqui…
Por causa de ti
Aprendi a confiar, a não temer,
Também a amar e a não esquecer…
Porque se não for agora, será amanhã!
O elo é mais forte que tudo,
Por mais que o tudo teime…
Que vence a doce rajada de vento
Que mantém aceso o fogo!
Por causa de ti…
Quando se sente assim a vida,
Não há convicção que não resista!
É!! É por causa de ti…
Que o gelo não me queima a pele
E nunca, nunca, deixei de te querer…
Mas a hora que agora chega faz-me sofrer
Porque a ironia do destino quis
Que o reencontro fosse marcado pelo desencontro
E se conjugasse o verbo “perder”…
Tão longe e tão perto,
Flutua o sono, ou o sonho…
Fascina-me a alegria do teu riso
E no conciso das palavras poder dizer:
A esperança nunca há-de ceder
perante a adversidade da aparente sina…!!
Se não for agora, será amanhã!!
E no meu rosto,
Rosto que tens impresso em ti,
Desenha-se com gosto
O sorriso que sabes de cor…
Se não for agora, será amanhã!!
Confia em… (mim) ti!!