quarta-feira, maio 25, 2005

88. Feira do Livro

Um ano depois procuro-te com aparente indiferença por entre o arvoredo. Admiro-te de longe, certa que a tua presença se impõe... me atrai como um íman e não tenho como fugir. Nem sequer urge que o faça. Estás ali... Percorro a pequena distância que nos separa de sorriso nos lábios e tão serena como sempre. Não tenho pressa, muito menos me subjuga qualquer condicionalismo temporal, físico ou psicológico. Deixo-me dominar pela atmosfera feérica que te envolve. Deslizo os dedos pela bancada pintada de branco. Seduz-me o colorido de que se reveste a tua imagem, o calor dos murmúrios e a alegria que paira no ar. Relembro, ao acaso, os nomes de mil autores... outros tantos títulos. Troco meia-dúzia de palavras com os vendedores, outros tantos sorrisos com quem num idêntico impulso se aproxima de ti e procura o mesmo tesouro. Volto a sentir-me criança. Imagino-me a Alice no País das Maravilhas enquanto, neste fim de tarde, percorro o Parque Eduardo VII com a sensação de reencontrar uma amiga de longa data.
Os minutos passarão e horas mais tarde, quando te diga adeus... terei adquirido dois ou três livros, na melhor das hipóteses. Certa de não resistir a abraçar-te uma vez mais, não te direi até para o ano... mas até breve!

Sorrio...


A Feira do Livro de Lisboa celebra este ano o seu 75º aniversário e decorrerá de 25 de Maio até 13 de Junho. Realizada no bonito Parque Eduardo VII terá expostos livros para todas as idades, autores para todos os gostos e preços para todas as bolsas.
217 pavilhões, 131 Editoras aguardam pela nossa visita. Não deixe de o fazer.

Horário:

Segunda a Sexta às 16:00 horas;
Sábados, Domingos e Feriados às 15:00 horas.
No dia 1 de Junho (Dia Mundial da Criança) às 10:00 horas.

Domingo a Quinta-feira às 23:00 horas;
Sextas-feiras, Sábados, vésperas de Feriado e último dia da Feira às 24:00 horas.

domingo, maio 22, 2005

87. Vermelho, vermelhão...
Benfica campeão!



As buzinas dos carros ecoam pela cidade... pelo país inteiro. Há foguetes a ser lançados, garrafas de champanhe que são abertas e suspiros de alívio. Os risos e a alegria imperam em todos os lugares onde estiver um benfiquista e não há como evitar reconhecer que são campeões... Sim! Campeões que tiveram a sorte de ganhar alento com os primeiros jogos dos adversários, verdadeiros desastres, e de terem acreditado que podiam chegar onde chegaram. Nem tudo terá sido sorte mas nem tudo terá sido mérito. O certo é que sem qualquer tipo de falsidade lhes dou os parabéns.
São dez anos de sofrimento brindados com uma festa que me recorda a euforia vivida durante o Euro.
Sou sportinguista... sempre o serei! Gostava que a cor desta noite fosse outra... mas isso não me impede de ficar nostalgicamente feliz. Não pelo Benfica mas por todos quantos hoje saíram ás ruas e dão largas ao seu contentamento.
O que me sensibiliza não é o vermelho, nem a águia, mas a união de uma massa humana que esquece as dificuldades diárias e vive o momento em plena felicidade. Fosse sempre assim e, certamente, o nosso fado seria outro...

Parabéns, Benfica!

Amanhã será um novo dia... outros campeonatos haverá!

quinta-feira, maio 19, 2005

86. Sonhar e lutar...crescer!



Serena, ainda que exultante,
Percorro os meandros da mente
Numa busca constante,
Precisa e perspicaz, que me permita crescer!

Sorrio...
Há sorrisos de todas as cores, formas ou feitios,
Só a eterna sensação de paz perdura
Na profundidade do meu ser!

Exultante ainda que descontente,
Não me dou por vencida...
A vida é bela!

Cada dia é um capítulo por escrever,
Cada sonho um barco que navega
E a bom porto há que levar.

Rir, viver, amar... respeitar,
São alguns dos verbos que me assaltam...
Nesta hora imprecisa
De uma qualquer noite, mágica e mística!

Fala-se de amor...
Por mim... por ti... por nós... por vós...
Por quem luta diariamente, por vencer a dor,
E retirar de cada momento o melhor:
Aprender e evoluir!

Serena, ainda que exultante,
Exultante ainda que descontente,
A felicidade envolve-me e inebria-me
Fazendo-me acreditar
E sorrir ao relembrar
O importante que é lutar...
Pelos sonhos que nos movem!

sábado, maio 14, 2005

85. (Re)encontros



O dia finda quando Matilde se resolve a delinear as primeiras palavras... A carta é escrita ao sabor da emoção e, ainda que possa parecer fruto de um fugaz devaneio, o amor que a consome é eterno...

A ti...

Sentada na velha esplanada, de frente para o mar, sinto a voraz energia que dele emana... a mesma que flui através de mim e me envolve numa doce teia de deslumbre.
Inspiro. O cheiro salgado a algas entranha-se no meu corpo enquanto a leve brisa sacode os caracóis que me emolduram o rosto. Um ou outro fio castanho, mais atrevido, turva-me a vista enquanto te encaro. Descrevo-te o momento sem que me possa manter indiferente à tua presença. Fascinas-me. Inebrias-me com a sensualidade com que me brindas. Neste meu cantinho, que não passa de meio metro quadrado de paraíso, consinto-te a carícia! Surpreendes-te! Eu sei! Há quantos anos me recolhi nesta concha e me converti num bivalve racional?! Tantos que já não têm conto. E agora tu... só tu... recém reencontrado, consegues o milagre de me fazer sair das paredes que considero um confortável refúgio.
Tens razão em te admirar com o meu regresso... Quantas vezes nos teremos cruzado, no último ano e meio, que me tivesses assim... debaixo da tua mirada, exposta e feliz?! Uma, duas... não mais do que isso!
A força do teu olhar ilumina-me a alma e fazes com que volte a ter consciência da essência feminina e humana que me abraça.
De repente, voltaste a ser o amante que não tenho, o companheiro que não desejo... De repente, fazes que com que sorria estarrecida com esta sensação de plena liberdade.
Olho as pessoas que na praia jogam, conversam, lêem ou dormitam. Ainda que não percebas porquê diverte-me fazê-lo. Sentes-te traído. Amuas e nem sequer consegues admitir que deveria ser eu a sentir-me assim.
Rabisco numa folha os teus traços e, silenciosamente, prometo-te que pelo menos durante alguns meses te farei companhia. Não mais do que isso... Não quero?! Não... Tu não o permitirás.
Apercebo-me que um casal de idosos me olha de forma estranha, sem compreender porque entre dois ou três suspiros o sorriso de pura felicidade se alarga. Também eles são apanhados desprevenidos pois não te vêem como eu! Provavelmente, pensaram que me assaltam pensamentos menos puros ou dirigidos a alguém menos especial.
Lês o que escrevo... sorris e acusas-me de gostar de jogos de palavras. Será?! Provavelmente terás razão. Mas gosto mais de ti, do teu calor e da tua presença.
Espero que me saibas perdoar a ausência de tantos meses. Perdoas?! Eu sei que sim!
Prometo-te que de agora em diante me verás mais vezes com excepção daqueles dias em que te esconderás atrás das nuvens sem que por um ínfimo espaço de tempo me permitas ver o ar da tua graça.
Juntos iremos partilhar muitas manhãs, outras tantas tardes e, inclusive, haverá dias em que, momentos antes de desapareceres no horizonte, te permitirei beijar-me a fronte... mais uma vez.
Por hoje, despeço-me de ti. Deixo-te na companhia das dezenas que invadiram a praia... e do mar que acaricias, ternamente, enquanto te lanço um último olhar!

Até breve, querido!

Matilde


A pequena folha de papel ainda está depositada sobre a mesa quando o seu vulto deixa de se avistar e se encaminha para lá das dunas...

Gonçalo senta-se, estende a mão... a mente regista cada uma das emoções enquanto um arrepio lhe percorre o corpo. Ao ler aquelas palavras, sente-se como se estivesse a invadir a privacidade de dois amantes. Quem as escreveu era uma incógnita indecifrável, no entanto comprazeu-o compor a imagem feminina da sua autora. Por momentos, imaginou que aquela missiva lhe era dedicada... e quase sentiu a doçura daquele terno olhar.

Como é bom sonhar!

terça-feira, maio 10, 2005

84. Enigma Continuação

O dia amanhecera solarengo e agradável mas no fim da tarde pequeninas nuvens surgiram no horizonte. O sino da igreja anunciava as dezanove horas quanto um leve aguaceiro a surpreendeu... Faltava uma hora para se encontrar com João.
Abalada pelos sucessivos e misteriosos telefonemas sentira-se pressionada a revelar-lhe a sua conduta pouco ou nada correcta. Não havia como fugir ao confronto.

Mil e um pensamentos invadiram a sua mente e todos a inquietavam ainda mais. Ele não iria perceber... nem aceitar mas a culpa era, exclusivamente, dela.

Três horas depois, Catarina, percebia que não se enganara. João não só não conseguiu compreender o que a levara a traí-lo como a acusara de ser egoísta, mesquinha, cínica e muito... muito pequenina. A discussão fora acalorada, a mágoa instalara-se e nenhum dos dois conseguiu encarar o outro. O relacionamento que mantinham há tantos anos terminara de forma brusca...

Os dias que se seguiram foram para ela os mais difíceis... tudo a entediava e, por uma ou duas vezes, cometera erros crassos no trabalho. Ao fim de uma semana admitiu finalmente que precisava de descansar e se afastar da rotina durante um par de dias.
A verdade é que nunca chegara a considerar a hipótese de vir a arrepender-se tão violentamente de tudo. Amava-o mais do que nunca...
Naquele Sábado o sol voltou a invadir cada recanto da cidade. Obrigou-se a sair de casa. Quando chegou à praia poucos eram os que por lá se aventuravam. Aquele lugar fora o palco de muitos dos momentos felizes que partilharam. O preferido dele... deles. Ali sentia-o tão próximo de si que se fechasse os olhos quase o poderia tocar.

Ao longe avistou dois vultos abraçados. Inexplicavelmente não conseguia afastar o olhar... Os contornos das suas silhuetas pareceram-lhe de tal forma familiares que ao conseguir distinguir-lhes os traços quase não se surpreendeu. João e Inês...

Agora percebia...

Catarina poderia até imaginar que compreendia mas, na verdade, nada sabia sobre o enredo que os amantes tinham engenhado.
Inês era uma bela mulher e João há muito que não lhe resistia... mas sendo o pai de Catarina o seu chefe não poderia simplesmente terminar o relacionamento e admitir o seu deslize... Era cobarde?! Sim! Ele sabia.
Juntos, ele e Inês, arquitectaram um plano por forma a abstraírem-se de qualquer suspeita e culpa.
Sabia que Carlos se apaixonara pela sua namorada e só não se aproximara dela por respeito... Bastara-lhe revelar ao amigo o seu romance para que este se insinuasse. A carência afectiva dela fizera o resto.
Naquela noite fora muito fácil esgueirar-se pela casa: Inês entretinha Catarina na cozinha, Joana tagarelava sem parar com Carlos e, ele, com o pretexto de ter de lavar as mãos acabou por ficar sozinho. Disfarçar a voz também tinha sido muito simples... sempre lhe disseram que imitava os outros muitíssimo bem. Viesse quem viesse ninguém poderia negar que tinha sido um óptimo actor.
Estava feliz?! Não tanto como tinha suposto...

sexta-feira, maio 06, 2005

83. Enigma Continuação

A esplanada estava quase vazia apesar do sol convidar a meia hora descontraída, no café do CCB. Catarina aproveitara o fim da tarde para espairecer. Fazia-lhe companhia o último livro de Dan Brown, "Anjos & Demónios". O título lembrava-lhe os últimos acontecimentos... aqueles que tinham povoado a sua vida de seres horrendos. Há duas semanas que era assim... desde o maldito jantar.
Quantas vezes se questionara...?! Quantas vezes se perdera em suposições e imaginou os mais mirabolantes enredos. Só sabia que Carlos e Joana não tinham sido os autores do delito.
Carlos, mediante a sua recusa em terminar a relação com João, confessara que aquele amor clandestino tinha perdido a magia. Na verdade desejava poder sair à luz do dia de mão dada e viver a vida a dois de forma plena. Esse não era o objectivo dela. Ele sabia... tal como lhe era inegável que chegara o momento de se afastarem.
Joana, por seu lado, que há muito ambicionava arranjar um trabalho melhor, surpreendera-a com a notícia de que fora seleccionada para gerir um dos departamentos da dependência espanhola. Catarina ignorava, por completo, que a amiga era licenciada em Gestão de Recursos Humanos. Ficou feliz por ela ao mesmo tempo que se sentiu invadida por um sentimento de culpa...
Restavam João e Inês... A dor da desconfiança consumiam-na e cada vez que o telemóvel tocava o pânico apoderava-se dela. Qual dos dois teria o diário?!

quarta-feira, maio 04, 2005

82. Enigma




Catarina contempla, da janela do seu quarto, o pôr-do-sol. Uma estranha nostalgia abate-se sobre ela enquanto se relembra dos últimos dias... Não compreende a insatisfação que a tem dominado.
Namora com João desde a adolescência mas há muito que a velha magia se esfumou. Talvez por isso tenha cedido à tentação e desfrute de forma tão intensa dos momentos que passa na companhia de Carlos. Na realidade, são eles que quebram a monotonia da sua vida. É urgente resolver o imbróglio dos seus sentimentos mas aquela situação afigura-se-lhe muito cómoda. Enfrentar a família e os amigos, terminar o namoro, é uma possibilidade que, para já, afasta.
A paixão terminara, acomodara-se! Mas quantos relacionamentos não sobrevivem à base de amizade?! Não fosse a desconfiança de Joana e tudo seria perfeito. Ás vezes surpreendia-se a duvidar da sua amizade. Carlos advertira-a, por mais do que uma vez, de que a posição que ocupava na empresa atraía muitas invejas e aproveitadores. Seria possível que Joana recorresse, de forma consciente, à amizade que as unia para obter regalias?!
Enfim!! De uma coisa estava certa... da sinceridade de João e da plena confiança que ele depositava nela. Se por um lado a enternecia saber disso por outro fazia com que se sentisse, ainda mais, culpada. Desabafara com Inês as suas preocupações e surpreendera-a a repreensão da amiga. Chamara-a de egoísta, fria, calculista. Era assim...?! Uma mulher demasiado convencida de si própria que conseguira sem esforço o que muitos não ousavam, sequer, almejar?! Ou seria que em Inês ainda existia o velho ressentimento de ter sido preterida por João?!
Abanou a cabeça como se procurasse afastar toda a insegurança e energia negativa que estava a tomar conta dela. Naquela noite iriam jantar juntos, ali em casa. O melhor que tinha a fazer era tomar um reconfortante banho, colocar o seu sorriso mais resplandecente e dar-se por feliz de ser quem era.

A música envolvia a atmosfera da sala, o jantar já se dera por terminado e a casa voltara a estar vazia. Por momentos, desejara que a noite se alongasse... Pela primeira vez em muitos meses, voltara a olhar para o namorado com adoração. Tinha sentido a frustração a tolher-lhe os sentidos quando, também ele, saíra sorrateiramente como se em casa o aguardasse algo mais emocionante que os seus murmúrios, habitualmente, desprovidos de emoção. A solidão da calada da noite atingiu-a com a ferocidade de um murro no estômago vazio.
Meia hora depois de terem saído recebera o primeiro telefonema...

- Eu sei de tudo... – a voz soara-lhe abafada e metálica.

Um calafrio percorreu-lhe a coluna quando o pensamento ganhou forma. A desconfiança minou-lhe a parca segurança e trémula dirigiu-se ao quarto. Abriu a gaveta adivinhando-a vazia... o diário desaparecera. Cinco pessoas estiveram naquela casa desde a última vez que ali o deixara. Se não tinha sido ela a dar-lhe sumiço restavam-lhe quatro hipóteses... João... Inês... Carlos... e Joana.
A dúvida instalou-se.

- Eu sei de tudo... como consegues?! – novo telefonema... a mesma voz.
- ...de tudo?! De tudo o quê?! – respondera-lhe aparentando uma calma que não sentia.
- De tudo! Como consegues?! – replicaram do outro lado.
- Não há nada para saber...
- Não?! Tens a certeza?! Tens tido noites muito animadas... tórridas, diria!
- Vai à... – gritou-lhe enquanto a chamada foi subitamente interrompida.

O que significava tudo aquilo?!

Recordou-se de João, da forma inesperada como alterara os planos e lhe dissera que não ficaria com ela aquela noite; de Carlos que um dia antes lhe pedira para ser frontal com o amigo e terminar a relação... e Inês, não a censurara?! Não lhe dissera que estava a ser vulgar, imoral e não merecia a pessoa que tinha do seu lado?! Restava Joana... a fútil colega de trabalho, a quem interessavam apenas belos penteados e trapinhos de última moda. A mesma... que naquela tarde lhe “exigira” que a promovesse a sua secretária. Claro, em nome da amizade que as unia.
Qual deles traíra a sua confiança e invadira o espaço intimo do seu quarto para lhe roubar o pequeno caderno... onde depositava os seus mais secretos devaneios?!

domingo, maio 01, 2005

81. Dia da Mãe



Acabei de falar contigo e não resisti a escrever-te uma dúzia de palavras. Porquê?! Porque se impõe que te diga novamente o quanto te amo.

Estou sentada na esplanada junto a casa... Fecho os olhos e abstraio-me de tudo quanto me envolve. Até do rio, dos pássaros, das crianças... de tudo! Recordo tantas coisas, mãe... A suavidade dos teus traços, o calor da tua voz carregada de alegria, o eco dos teus pensamentos ou o carinho que brota do teu coração...
Recuo no tempo, volto a ser pequenina e neste meu devaneio procuro novamente o aconchego do teu regaço. Separam-nos quilómetros, aproxima-nos o amor e a sensação de que a tua cálida mão está sempre aqui, a afagar-me carinhosamente o rosto.
Sabes...?! Sinto-me uma privilegiada por te ter como mãe e por me teres permitido crescer num ninho equilibrado, protegido da infelicidade que se abate sobre muitos lares. É verdade que nem sempre concordei contigo, nem sempre compreendi as tuas advertências... vezes houve que não as acatei mas, ainda assim, nunca duvidei do que te movia.
Há quem estranhe esta adoração que te dedico, a ti e ao pai... Há quem pense que não cresci e continuo a mesma menina de outrora... aquela a que acusavas ternamente de ser “melada”. Como poderia eu sentir-me diferente se sempre foram os meus melhores amigos?! Os eternos ídolos... os heróis de toda uma vida?! Por mais que diga ou que escreva ficará sempre algo por confessar. Sempre foste mais que a mulher que me deu à luz, mais que uma figura materna....
Tento encontrar as palavras certas para te dizer o que me vai na mente e no coração. Não as encontro. Talvez não existam. Ainda que seja insuficiente dizer-te que és a melhor mãe que alguém poderia desejar é isso que te digo... Terna, atenta, carinhosa, dedicada, presente, amiga...

Adoro-te! Muito, mãe!
Obrigada por tudo...