112. Vibrações
Descem os dedos esguios pelo rosto,
Chega a noite mansa e terna
E no ar a música flui como magia!
Poderá ser o último dia,
Ou o primeiro...
Quem saberá?!
Vibro ao ritmo dos acordes
Como se o corpo não fosse comandado pela mente
E dos olhos, janela aberta, espreita a emoção!
Rio. Rodopio. Mãos nas mãos.
Cálida como carícia, a respiração.
E nela me perco, sem me querer encontrar.
Esboço um tímido sorriso,
Ao mesmo tempo que quero ser,
Ao mesmo tempo que sou,
Voragem numa tarde de Outono
Vivaz e ansiosa...
Feliz aprendiz de feiticeira que não sou,
Abraço a vida com a fúria dos lutadores
E a calma pacata dos que têm o dom de saber aguardar...
E sorrio... desafio os segundos ou os minutos a passar,
Porque me aproximo,
E aprendi a acreditar... confiar,
Na onda que me devolve à praia,
Na voz secreta e misteriosa que me fala de ti!