sábado, janeiro 29, 2005

38. Consciente e Solidário!




A propósito de tudo e de nada
Deambulo por aqui e por ali.
Os olhos postos para lá do horizonte,
Os passos ritmados e serenos,
O coração convicto da sua condição apaixonada,

O dia que desponta,
A noite que se esconde,
A memória de emoções tonta,
Ou, simplesmente a vida em que alegria abonde...
Tudo lhe serve de mote!
Mesmo a tristeza dos que choram a morte,
A inércia dos que se mantêm indiferentes,
Ou a hipocrisia dos que se remetem à cegueira mental...
Lá estão, a marcar o compasso!

O vicio está nas palavras... no pensamento
E, afinal, no enfrentar da realidade!
Talvez seja, somente, o constatar atento...
Do que é assumir-se consciente e solidário!

Há seres a tremer de frio ao relento.
a quem a fome consome...
que erguem os olhos num ténue movimento
e, unicamente, encontram o voltar de um rosto...
um ignorar cortante...
uma retribuição ausente...
e a necessidade sempre presente!

Há agasalhos esquecidos sem destino definido...
meia dúzia de moedas sem fim aparente...
sentimentos e valores a recuperar...

Por onde começar?!
Basta que se permita olhar...

A mão, gasta e suja,
Carente e ansiosa... está mesmo ali...



Outros poemas:


Sina desgraçada...

"A Noite do Oráculo" Paul Auster

"O coração tem razões que a razão desconhece." Pascal

"The life and loves of a she devil" Fay Weldon

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