quinta-feira, março 24, 2005

67. Hoje, os tempos são outros.




Há uns anos, se via um polícia sentia-me protegida, se olhava para o professor o respeito e a admiração imperavam... Ao esbarrar com alguém sucedia-se um pedido de desculpas, por vezes, até um sorriso... Se alguém por um azar caía na calçada, rapidamente, era ajudado por quem ali passasse. Impensável entrar num estabelecimento sem dizer bom dia.

Hoje, os tempos são outros.

Assassinam-se polícias, agridem-se professores, ignoram-se os semelhantes e até se esquece do que é, afinal, ter educação.

Como referi, hoje os tempos são outros... de dor e de revolta! Pelo menos para quem, ainda, mantém a sua genuína essência imune à indecência da perda total do respeito pelo próximo!

...e é com estas palavras que se assemelham a um grito surdo na calada da noite que deixo registado um apelo... singelo ou não, a que se procure ser mais que alguém... humano e justo! Se combata a ignorância, a maledicência, a hipocrisia e se contribua para um Portugal mais seguro.

Se para isso for necessário impedir a entrada de estrangeiros (imigrantes); ou reduzir as férias judiciais; ou aumentar impostos; ou rever leis; ou elevar o número de activos da polícia; ou adaptar no sistema de ensino novas componentes curriculares, até de estabelecer o décimo segundo ano como ensino obrigatório; ou por incrementar um plano de formação para mão-de-obra não especializada; ou criar políticas de incentivo às empresas para fomentar emprego; ou... pois que seja feito!!

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