quarta-feira, março 16, 2005

63. Polémica
(do grego Polimiké)



Num qualquer dicionário, o substantivo feminino polémica é definido como discussão na imprensa; controvérsia; disputa amigável mas acalorada. A palavra tem origem na grega polemiké, que significa guerreiro.

Polémicas há muitas e para todos os gostos. Para uns será, o facto da Hepatite C matar mais do que a Sida, a recém questão da comercialização de fármacos brancos em pontos de venda não especializados, ou a elevada percentagem de crianças obesas em Portugal. Para outros será, a justiça não possuir provas contundentes para acusar a mãe de Joana, ou o elevado número de jornalistas que, em 2004, faleceram no exercício das suas funções. Cinquenta e seis, para se ser mais exacto.
Ainda haverá quem refira o regresso de Santana Lopes à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, as recentes acusações a Mourinho, que de ídolo passou a persona non grata, ou o iminente aumento da electricidade, a partir de Abril, prevendo-se que o preço seja incrementado entre 5,6% a 9,8%.
Certamente que, existem pessoas a mencionar, os ataques do Vaticano a Dan Brown e ao seu livro "O Código de Da Vinci", o massacre de focas no Canadá ou a ausência de neve no monte Quilimanjaro, nunca constatada nos últimos 11 mil anos.

Polémicas há muitas... e para todos os gostos. Mas a maior será, talvez, a situação de descontentamento, instabilidade e crise detectada em Portugal. É este o tema que domina a imprensa, gera debates acalorados nos cafés, jardins ou pátios e que leva o mais calmo dos portugueses a ficar apreensivo enquanto tenta prever o futuro.

Polémicas há muitas e para todos os gostos. Não fossem tantas e tão negativas que a palavra não teria uma conotação tão pejorativa. Diria mesmo... Tenebrosa!

Polémicas!

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