quinta-feira, julho 12, 2007

125. (Pre) Sentimento


Mostra-me o céu,
Que há em ti,
Aquele de que pressenti a existência…
Nas entrelinhas do que senti…
Quando nas horas cinzentas
Me abraçaste com o teu sorriso
E me garantiste que podia sonhar!

Quando murmuras palavras isentas
Que nunca antes ouvi,
Toco o teu rosto com o olhar,
Num enovelado de emoções
Que tento domar e continuar a ignorar
Quando, afinal, só quero acreditar…
Que posso voar
E tocar o azul lá de cima
Onde é tão fácil chegar
Quando, longe, estás perto de mim!
Dá-me o poder de entender
A magia do silêncio
E descobrir o paraíso no momento
Em que as mãos se entrelaçam
Como nós cúmplices…

Vou… por entre as pedras de calcário
Na paz do querer e do crer
Com os olhos postos no Tejo
E o pensamento lá longe
Na imensidão dos olhos que agora não vejo
E… mostra-me … mostra-me o céu
Daquele modo que, bem sei,
Só tu poderás!

Se antes não acreditei,
Se antes neguei,
Já passou tanto tempo
E pouco sabes disso…

Mostra-me o céu,
Que há em ti,
Aquele de que pressenti a existência…
Nas entrelinhas do que senti…

Não me deixes ir!
Não me deixes rir...
Do que não tem magia nem cor…

Não!! Não me deixes… ir…
Porque de certo só poderei…
Conjugar o verbo “partir”..
Na forma do “Ir”!!

Sem comentários: