domingo, agosto 12, 2007

128. Despertar no fim da tarde


Passa o comboio…
Arrasa o silêncio melódico
Num fatídico desfecho…
Que é afinal o despertar,
Da nostalgia do fim da tarde,
Do capítulo que agora termina,
E da verdade que é genuína.
Deixem-me agora viver
E abeirar-me do fogo que arde…
Que até pode não me queimar,
Mas que também não insiste em teimar
Que é mais que euforia,
Chamamento exuberante da vida
Vivida num único compasso
A que chamam de alegria!

Uma música, o ser…
Um sentido, o toque
Um olhar, o conquistar
(..)
Porque dia após dia,
Noite após noite (é um facto!),
Eleva-se a doce consciência
De que me consigo deixar ir
Para lá do que é opaco
E tão parco em verdade…
Crescer, amadurecer não os anos
Mas o que é simplesmente personalidade!
Não me apontem o dedo,
Ainda que a medo,
Quando a ausência de fundamento
É uma pedra em telhado de vidro…
Deixem-me voar…
Naquele ritmo tão meu
Que apenas segue… persegue a plenitude
Do que sou, do que sobrou,
Da própria vida vivida em paz no meio da guerra,
Na perfeita harmonia com algo tão distinto da dor…
O Amor!!

Deixem-me sonhar…
E por fim no coração… acreditar
Mesmo que o sentido não exista…
Mesmo que a distância subsista…
Mesmo que o comboio passe
E só me faça despertar!!

Deixem-me ser, viver
Quem sabe gritar… amar!

2 comentários:

Anónimo disse...

oi!

Não está mal, mas parece mais um desabafo de alma...
Estarei errado?
Continua.....

bj
sandro

Maria disse...

:)
Sandro,
Como se diz em Portugal "nem tudo o que parece é"...
Se o que escrevesse correspondesse ao que sinto seria complicado gerir a minha vida e não sei onde encontraria disposição nem tempo para isso. :)

É apenas um poema...
:)

Beijinho

Maria