30. Bloqueio...
Um... dois... três... uma dezena de minutos passaram e as mãos geladas continuam prostradas sob o teclado numa imobilidade atroz como se da mente nenhuma informação lhes chegasse. Perante esta insubordinação da minha própria essência os olhos fitam a página em branco, expectantes e descontentes.
Dói-me o corpo ou talvez seja a alma! Arrepio-me ou talvez seja o sopro sinistro de um fantasma! Espirro ou talvez seja o expulsar de um velho e maquiavélico espírito! Talvez esteja só constipada e contrariada depois de um dia, puramente, dedicado ao ócio!
As palavras começam, por fim, a surgir no pequeno écran... Muito timidamente, nasce o primeiro esboço do dia. Entre um fungar impreciso e dois ou três bocejos o enredo vai tomando forma e as personagens... corpo e carácter.
Leio e releio cada trecho, numa ansiedade febril de descortinar o desfecho e, uma vez determinado, quedo-me a imaginar o que ocorrerá a quem por um acaso do destino o ler... Devaneios... Agridoces dispersares... ou simples indiferença?!
Por agora, contento-me em saber que amanhã, finalmente, surgirá editado algures num blog fruto do sonho e da persistência.
Por agora!
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