132. Almas Gémeas
Domingo…
O sol escondeu-se atrás das nuvens e nenhum de nós o avistou ou terei sido apenas eu que hibernei no aconchego da casa?!
Seja como for, atrevi-me, enquanto não vencia a preguiça momentânea, a debruçar a minha atenção sobre um tema já muito debatido e na maior parte das vezes de forma incorrecta: Almas gémeas.
A muitos ocorrerá a imagem de duas pessoas apaixonadas, unidas por uma sublime sintonia, no entanto a outros, mais informados, apenas se afigurará uma outra baseada num conhecimento impar. Esta última é certamente a que mais se coaduna com a Teoria Monádica, proposta por Joshua David Stone, em que a alma se divide em 12 extensões que experimentam a matéria e por sua vez são as apelidadas de almas gémeas.
Muito mais se poderia escrever sobre esta teoria mas o cerne da questão que me levou a escrever meia dúzia de palavras sobre ela é apenas aquele que nos elucida sobre o dispare que existe entre o mito e a realidade.
O conceito de que Alma Gémea é o grande amor, por muito que nos faça sonhar, terá de ser desmistificado se quisermos ser menos utópicos, já que na realidade todos nos poderemos cruzar com uma que se apresente nas nossas vidas sob outra configuração: um familiar, um amigo, um conhecido…
Uma Alma Gémea poderá não ter por missão fazer-nos acelerar o coração e até poderá ser aquela que nos faz sentir o calor do inferno. Na verdade não importa a relação mas a mais-valia que a sua presença nos trará para evoluirmos e nos conhecermos melhor.
Apesar de tudo, o ser humano prefere continuar a acreditar que a Alma Gémea é aquela que nos retirará o peso da solidão e nos haverá de devolver o mais largo dos sorrisos…
Domingo…
A chuva cai lá fora e só o sei porque espreitei pela janela, não cerrei os olhos e me atrevi a deixar fluir o momento.
O dia passa e o pensamento fica: Há amigos que são Almas Gémeas…