137. Regresso previsto para breve
O Sol já voltou a fazer parte dos nossos dias e já se sente o aroma da Primavera. Talvez por isso, hoje, me tenha debruçado sobre o portátil e resolvido a retomar os velhos hábitos de escrita.
Muitos meses decorreram desde as últimas palavras escritas com nexo e, por falta de prática, por preguiça mental, ou porque a imaginação se perdeu algures, sinto-me como uma parede em branco.
Haverá algo para dizer? Como conseguir que o comum dos leitores se abstraia dos problemas pessoais e sociais que tanto nos trazem cabisbaixos e consiga sonhar… voar e libertar-se!?
Disperso a atenção entre o Word e o Twitter… sem que me surja uma ideia digna desse nome.
As notícias são deprimentes e poucos são os que nesta tarde de domingo se refugiam no senso de humor.
Ouço uma velha música de Bob Dylan… recordo a sua decadente prestação, nos últimos concertos e concluo que também não será assim que as palavras me sorrirão.
Construir um enredo focado no amor parece-me ridículo nos tempos que correm, da mesma forma que centralizá-lo num contexto criminal o parece… talvez uma mistura entre os dois com um toque oculto, abstracto e mágico, com inspiração nos escritos de Brian Weiss, Chopra ou Osho, tenha algum efeito mais digno. Suposições e devaneios!
A verdade é que tenho verificado que cada vez mais o ser humano procura na consciência espiritual o que não consegue atingir através da sua vida profissional ou pessoal. Estamos cada vez mais votados a querer compreender o que existe para lá da realidade que tomamos como certa e a expandir os nossos horizontes.
O que escrever? Esta é a minha pergunta do momento!
O que pretendo? A segunda pergunta que me faz considerar o desejo de despertar os sonhos dos mais sisudos, de chocar os mais convencionais, de fazer soltar as vozes dos mais tímidos e de criar a dúvida nos que se julgam detentores da verdade. Uma coisa é certa… o sonho, a necessidade vital de sonhar, está sempre escondida em cada uma das palavras.
Após uma pequena interrupção para colocar a conversa em dia com a família e rever os comentários dos outros twitters, eis que surge finalmente um tímido sorriso que depressa se transforma em tudo menos isso.
Já tinha saudades de ler o Filipe Homem Fonseca, o Pedro Mexia e outros que são mais do que merecedores de atenção. Redescobri-los, agora no famoso Twitter, fez com que o registo tenha realmente valido a pena.
Como é lógico, ainda não tive nenhuma ideia, nem brilhante nem cinzenta, mas com a noite a começar a espreitar e a banda sonora alterada, talvez o momento se precipite… agora!
Cumprimentos a todos os que não desistiram de aqui vir passear os olhos e um até breve!
Cumprimentos também a quem acabou de descobrir o Exercícios de Escrita.