quinta-feira, dezembro 16, 2004

21. "À Procura da Terra do Nunca" Marc Foster



A imaginação prodigiosa de um ser altera rotinas, gera paixões, amores, frustrações, delírios esporádicos ou não, com a estampa da loucura a sobressair ou, simplesmente, uma vaga de atentados à integridade física e moral. Por vezes, também ambição, determinação ou evolução! É assim na ciência, na literatura, no cinema... na política ou tão somente na vida.
O mesmo dispersar da alma que pode levar a um voluptuoso êxtase, um clímax audacioso que não se limita ao amor carnal, místico ou ao platónico, que vai além do Homem-Mulher, permite-nos, todos os dias, deparar com novos elementos que o comprovam sob os mais distintos disfarces.
Leonardo Da Vinci, Napoleão Bonaparte, Celéstin Freinet, Albert Einstein, até nomes como Adolf Hitler, que nos atinge sob a forma de um punhal cravado no ventre desprotegido, são exemplos de Homens que movidos pela imaginação nos fazem inquirir aonde nos poderá levar a dispersão dos pensamentos.
Também o cinema abraça com eufórica motivação esta questão e prova disso é o filme "À Procura da Terra do Nunca", a estrear nas salas de cinema nacionais a 30 de Dezembro.
Inspirado em momentos da vida do escritor escocês James Mathew Barrie (1860-1937) e realizado por Marc Foster retracta o período decorrido entre a primeira inspiração do escritor até à première no Duke of York’s Theatre.
Finding Neverland, no seu título original, foi inspirado na peça de teatro The Man Who Was Peter Pan, escrita por Allen Knee e é afinal a história de um homem determinado que desafiando o meio que o circunda, se envolve com uma mulher jovem, bonita, viúva e com 4 filhos. É do lado desta família adoptiva que reúne as condições necessárias para que desde o mais profundo do seu ser lhe provenha a inspiração criadora do herói "ficcional" que todos conhecemos como Peter Pan.

"Finding Neverland", o nome original daquele que é considerado o Melhor Filme do Ano pela National Board Of Review. Johnny Deep, Kate Winslet, Julie Christie e Dustin Hoffman os rostos das personagens. Londres, o cenário. James Mathew Barrie, o mote que nos faz questionar uma vez mais:
Aonde nos irá levar a imaginação?
Provavelmente a uma sala de cinema onde por momentos deixaremos que a alma se abstraía da realidade?!

À Procura da Terra do Nunca

2 comentários:

K disse...

Como profundo admirador das histórias de Peter Pan e sendo eu próprio um confesso "homem que nunca cresce", vou aguardar ansioso pela estreia do filme nas salas de cinema. A imaginação, minha amiga, leva-nos onde quisermos....e se tivermos imaginação suficiente, por momentos estamos mesmo lá...
beijo

Maria disse...

:)
Que dizer... não é?!
Se deixarmos de imaginar também deixaremos de Sonhar o que sognifica acomodar-se... estagnar ou morrer!

Há que continuar a espevitar a mente a cada manhã e, até dia 30, aguardar expectantes este filme que para além de nos brindar com o Peter Pan, velho companheiro da nossa infância, também nos recorda que a imaginação move montanhas!

Beijinho

M